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30 de jun. de 2014

Sobrevivendo por sorrisos

Sobrevivendo por sorrisos


Acordo ouvindo meu pai falando:

- Bia, acorda está na hora da escola – Saio correndo e tomando café da manhã no carro. Chego à escola Cleo e Giovana já chegaram e estavam conversando.

- Oi gente – Falo com uma voz de cansada – Como estão? – Cleo, Giovana e 

Marcela são minhas melhores amigas, Marcela chegou mais atrasada, como sempre mais pelo menos chegou. 

Aproveitei que estávamos reunidas e contei sobre minha notícia – Meninas, vocês sabem que há 4 anos atrás minha mãe morreu de câncer né?- Todas fizeram um sim com a cabeça – Então – continuei falando – eu descobri que eu tenho grande chance de ter também – Terminei me sentindo muito chateada quando Marcela fala:
- Como... Como assim?

Tocou o sinal para irmos para a aula, durante toda a primeira aula, que era de matemática elas ficavam me mandando bilhetinhos com tipo: “Mais você já viu se tem? Você vai sair da escola se acontecer algo?” Fiquei mais chateada ainda, pois pensar em minha mãe só me traz lembranças do dia em que ela me contou sobre o câncer. 

Na hora do recreio meu pai veio me buscar, pois eu iria ao hospital para ir ao médico que cuidou da minha mãe.

Chegando lá eu já era a próxima a se consultar, o médico era simpático, me examinou... Examinou e no final da conversa só o ouvi falando: “Bianca, sinto muito, mais você tem câncer” Fiquei imaginando minha vida depois disso que ele falou tudo que eu havia planejado... Não fui para a escola nos outros dias, ficava trancada no meu quarto. 

Comecei a entrar em depressão e depois disso tudo começou a vir, os sintomas: comecei a perder muito peso, dificuldade em engolir, suores... Durante a noite, eu sempre acordava suando... Até que um dia a noite eu fui para a sala de TV e acabei desmaiando, meu pai correu imediatamente para o hospital, ouvi o doutor falar “ é grave temos que correr...”.

Acordei angustiada mais com uma surpresa, minhas amigas do meu lado e, meus amigos mais íntimos falando: “Por que você não nos contou?

 Poderíamos ter ajudado” Me senti mais mal naquele momento, mais eles pegaram um notbook e colocaram na em uma mesinha, o vídeo me mostrava pequena, correndo com minha mãe, brincando com meus amigos que estavam no quarto, eu me derreti neste momento comecei a chorar, havia vários vídeos de nós cantando, dançando, fazendo festas até que no final havia uma frase assim: “E agora? Quem vai nos fazer rir?“ Fiquei muito emocionada, começamos todos a cantar e ver vídeos e contar piadas, lembrar de quando éramos menores, e com isto foi me sentindo melhor, eles vinham todos os dias para me animar depois da escola, eu fui melhorando até que 3 meses depois o médico disse que se eu tomasse um remédio todos os dias e mante-se esta alegria eu iria ficar melhor, não sarar, mais melhorar.

Meus amigos são os melhores, me apoiam até quando estou passando por problemas!


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